sábado, 29 de dezembro de 2012

Benoni ou Benjamim?

Existe um potencial de fé na vida das pessoas capaz de transformar histórias, mudar situações e circunstâncias. Acomodar ou mudar? Ousar em usar esse potencial é que define nossa vida.

Jacó é dos patriarcas, e no seu contexto histórico vivenciou muitas lutas e crises. Recebeu a benção da primogenitura, mas se tornou fugitivo porque usurpou a benção que era de seu irmão Esaú. Lutou com um anjo até ser abençoado. Trabalhou 14 anos para seu tio Labão para ter Raquel como esposa, o grande amor de sua vida. Raquel sua esposa era estéril., mas Deus lhe concedeu dois filhos com Raquel: José e Benjamim. 

Quando tudo parecia bem, de repente, Raquel morre no parto de seu segundo filho, nasce então "Benoni - filho da minha dor". Aqui é o ponto onde queremos refletir sobre as reações de Jacó no momento de dor e lagrimas, e que determinou sua história de êxito.

1. Benoni - Filho da dor
Raquel teve um parto penoso, enfraquecida, veio a falecer. Mas antes coloca o nome da criança de Benoni, que significa: filho da minha dor. Era o anúncio da tragédia. 

2. Filho da resposta
Jacó então decide usar de sua paternidade para abençoar a criança. Jacó vem quebrar as maldições. Aquela criança era fruto de um sonho, era o filho da resposta de Deus. No capítulo 30 de Gênesis, ao conceber Raquel a José, ela diz: "Da-me Senhor outro filho". 

3. Escrever uma nova história
Jacó segura o menino e começa a mudar a história da criança. Que culpa tinha a criança? Jacó tinha duas possibilidades: Lembrar da criança como razão da morte de Raquel, lembrar de tudo o que poderia ter vivido com sua amada, com isso alimentar no coração um ódio da criança, ou mudar a história do menino. E Jacó escolheu a segunda possibilidade. 

4. Benjamim - Filho da felicidade
Jacó levantou e disse: "não vou aceitar essa situação, Benoni, não!" Avise a todos, que ninguém chamará o menino de Benoni, a partir de agora ele será chamado Benjamim, o filho da felicidade. Jacó muda o decreto sobre a vida da criança ao mudar seu nome. 

Existe uma realidade espiritual. O que vivemos na terra é resultado do mundo espiritual. Mundo esse que está observando tua vida e tuas palavras. O que você declara diante as situações que vive gera lago positivo ou negativo no mundo espiritual, que trará suas consequências aqui na terra. Benoni ou Benjamim, quem você escolhe ser?

A minha dor precisa gerar felicidade. Não deixe ninguém usar das suas dificuldades para tirar sua fé ou zombar de você. A tristeza de hoje será transformada em alegria amanhã, a luta em vitória, o medo em coragem, a fraqueza em força. Escolha ser Benjamim.

Confira Gênesis 35:16-19

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Quando eu preciso ser a mula

É cômico, bem humorístico, mas ao final, o tema desta mensagem te fará refletir sobre a vida cristã e social. Quando eu preciso ser a mula, ou, quando eu preciso ser o jumento? A ideia aqui não é chamar o leitor de burro, ignorante, e outros termos aplicados pela sociedade para descrever as pessoas de forma pejorativo. Para uma melhor compreensão da mensagem é necessário arrancar toda ideia negativa e suas conotações agressivas, e assim, depois de uma leitura livre dos "preconceitos", encontrar algo louvável nestes animais. Tudo isso, usando a Bíblia como nosso padrão para uma aplicação diária e pratica. 
A mula e o jumento são animais que a sociedade adotou apenas como formas negativas para comparar as pessoas, como se estes animais fossem símbolos de pouca inteligencia ou teimosia, mas é fato que esses animais são dotados de muitas qualidades, tais como, força, valentia, é um animal resistente, é o único animal de seu tamanho que não retrocede ao se deparar com um leão.
Por isso, ciente agora de que há inúmeras qualidades nestes animais, é preciso então começar a refletir na seguinte pergunta: "Quando eu preciso ser a mula (jumento)? Para elucidar esta pergunta, tomo como base dois textos: Números 22:21-35 e Marcos 11:1-11. Um se refere a passagem do profeta Balaão e a sua mula; e o outro se refere a Jesus e o jumentinho na entrada triunfal em Jerusalém. Um fato interessante é que tanto Balaão quanto Jesus eram profetas, um chamado para amaldiçoar, outro para abençoar.
Balaão foi comprado para amaldiçoar a nação de Israel - Nm 23:8 diz assim: "como posso eu amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou?" Com Jesus foi diferente, ele não foi comprado, ele comprou. Pagou com sua vida o direito de abençoar os homens com a salvação e o perdão dos pecados. A verdade é que ele se tornou maldito por nós; levou sobre si a maldição do pecado e da condenação para que fossemos abençoados e perdoados. 
Um dos momentos mais fascinantes da Bíblia é a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a cidade santa. As pessoas diziam: "Hosana, hosana, hosana, bendito o que vem em nome do Senhor!" Todo esse momento impar e glorioso se deu em cima de um jumentinho. O Reis Jesus entrando em Jerusalém, mas não havia belos cavalos ou carruagens luxuosas, nem mesmo uma charrete ou uma simples carroça, o Rei se apresenta montado num jumentinho. 
Agora, talvez você comece a se perguntar o porque Jesus escolheu um jumentinho? Mas o mais sensato aqui é voltar no tema e pensar, o porque eu preciso ser o jumentinho? Para te ajudar, enumerei alguns porquês:

1. Quando eu preciso servir
Eu preciso ser a mula ou o jumentinho, quando eu preciso servir, ser um servo. As pessoas estão perdendo a capacidade de servir, de estender a mão para quem precisa. O Evangelho não é ser servido, é servir; não é mandar, é fazer. Jesus disse que quem quiser ser o maior no Reino de Deus, que primeiro seja o menor. Ele ainda disse que o Filho do Homem não veio para ser servido, e sim para servir e dar sua vida como exemplo. A valorização da mula ou do jumento, está na sua capacidade de servir, não é a sua beleza ou formosura  seu valor está na capacidade de trabalho, de serviço.
2. Quando eu preciso levar cargas pesadas
O apóstolo Paulo em Gálatas 6:2 nos diz que devemos levar as cargas uns dos outros, e assim cumprir a lei de Cristo. Eu preciso ser como o jumento, capaz de levar a carga, o fardo pesado do meu irmão. A mula não é egoísta, é um animal que sempre está levando a carga pesada de alguém. Isso é Evangelho e vida cristã, não é apenas dizer como muitos: "cada um com seus problemas", e sim, se importar com o nosso próximo. Se reporte para a parábola do bom samaritano e compreenderá ainda mais essa verdade.
3. Quando eu não dou a Glória a Deus
É incrível como as pessoas estão atrás do "status", o reconhecimento. Fazem por interesses próprios, motivações erradas. Buscam a glória para si, "eu fiz, eu sou o bom, eu, eu e mais eu". Paulo diz que se o homem se gloriar, que se glorie no Senhor e em faze-ló conhecido.  Ser o jumento é ter a capacidade de dizer que foi Deus quem fez, ou foi Deus que me deu, e tudo o mais é para a Glória de Deus. É deixar Deus crescer em nós. Que ele cresça e eu diminua. Isso é o Evangelho.
4. Quando eu preciso carregar a Glória de Deus
Jesus era a Glória do Pai; o filho é a glória do pai. A nossa chamada é para carregar o nome do Senhor Jesus, carregar sua Glória. No Antigo Testamento, o levita Uzá foi morto ao transportar a Arca da Aliança, mas não porque tocou na Arca propriamente, mas porque a carregava numa carroça, quando o seu chamado era para que a Arca fosse levada nos seus ombros. Se Jesus entrasse em Jerusalém montado num Andaluz, Árabe, um puro sangue, talvez as pessoas ali prestassem mais atenção no cavalo que em Jesus. Ser o jumento é deixar que as pessoas vejam Jesus em nossas vidas. 

A mula foi mais sensível que Balaão, ela viu o anjo do Senhor no caminho. O jumentinho recebeu o manto de Jesus, a capa, para a entrada triunfal. Que nossas atitudes possam revelar, não quem somos, mas quem Jesus é em nós. Que você seja sempre humilde como estes animais, simples, mas fortes e dispostos a carregar, mais que fardos, a Glória de Deus. Que as pessoas ao olharem para você, possam enxergar a pessoa de Jesus. 

Um forte abraço, 
Deus te abençoe,
Pr. Cássio Caio

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A voz de Deus na Tempestade - Mateus 8: 23-27; 14: 24-32


É nos momentos mais difíceis que somos levados a pensar que Deus não se lembra de nós ou coisas do tipo. Somos tendenciosos a compartilhar com Deus nossas lagrimas e não partilhar com ele nossas alegrias. Há um número grande de pessoas que são levadas a Deus apenas nos momentos de dor ou desespero. Para o bem desses, a voz de Deus ecoa também na tempestade. Ezequiel 16: 60 declara que “Ele se lembrará da aliança que fez conosco nos dias da nossa mocidade, uma aliança eterna”.

Alguns princípios importantes no momento da tempestade:

1. Descubra se Jesus está no barco.
Temos duas referencias, em Mateus 8 Jesus estava no barco, já no capitulo 14 ele não estava no barco. Dois momentos de agitação, tempestade, mas o posicionamento do mestre é que difere. A posição de Jesus determina o tipo de passo que preciso dar, aponta a direção a ser tomada.

2. Se Jesus esta no barco, sua fé tem que estar em Jesus.
O barco era varrido pelas ondas, entretanto, Jesus estava no barco. Isso faz toda uma diferença, porque a nossa fé não está no barco, está em Jesus. A voz de Deus acalmou a tempestade: os ventos e o mar lhe obedecem.

3. Se Jesus não está no barco, sua fé tem que estar na sua Palavra.
Os ventos estavam contrários afirma Mateus 14: 24. O fato aqui não é propriamente a dificuldade na navegação, e sim o fato de que dessa vez Jesus não estava no barco. O desespero aumenta ao ver Jesus andando sobre as águas. Então ele libera uma Palavra, e sobre a Palavra Pedro andou sobre as águas. Porém, ao crer mais na força dos ventos teve medo. O medo bloqueia nossa fé. Jesus o toma e entra com ele no barco e os ventos cessaram.

A voz de Deus na tempestade é poderosa, ecoa mais forte que as ondas bravias, que os fortes ventos, as ondas perdem seu poder. O salmo 29 declara que a voz de Deus na tempestade é como voz sobre as águas, voz poderosa. A sua tempestade vai passar, a voz de Deus é liberada hoje sobre a tua vida.

Soli Deo Gloria
Amém!!!
Pr. Cássio Caio